6 Erros Sobre Como Investir Que Recém-Casados Cometem (Quase) Sempre. Será que o dinheiro é um assunto que causa brigas em seu relacionamento?
Não saber como investir e gerenciar o dinheiro em casal, é um tema praticamente tabu no seu relacionamento atualmente?
Se sim, saiba que você não está sozinho.
De acordo com uma pesquisa recente realizada pelo IBGE, as discussões sobre finanças pessoais, e sobre como investir o dinheiro, são a principal causa de separações entre casais no Brasil:
Mas há uma boa notícia: a situação melhora com o tempo, já que casais mais velhos tendem a brigar menos por questões financeiras do que casais mais jovens.
Provavelmente porque, à medida que envelhecemos, a maioria de nós se torna mais segura financeiramente, e ganhando mais por naturalmente progredir na carreira.
Muitos recém-casados cometem erros financeiros graves por desconhecimento de como investir corretamente, e que podem levar a brigas e tensões em seu relacionamento.
Por isso, nesse artigo vamos compartilhar erros comuns que casais jovens cometem em relação ao dinheiro.
Índice do Artigo:
Se você quer permanecer casado(a) e prosperar financeiramente, aprenda como investir seu dinheiro, e evite esses problemas:
Erro #1: Não falar abertamente sobre dinheiro
O primeiro erro financeiro comum que muitos casais cometem é não falar abertamente sobre dinheiro.
Pode parecer óbvio, mas muitos casais não discutem suas finanças pessoais antes de se casarem, ou mesmo depois do casamento.
Falar sobre dinheiro pode parecer constrangedor, mas é uma das coisas mais importantes que você pode fazer como casal.
Quando você se casar, as finanças de vocês se tornarão um assunto comum.
Como fazer isso na prática?
Sentem-se juntos e conversem sobre suas finanças pessoais.
Discutam suas dívidas, suas economias, seus objetivos financeiros e sua renda.
Ambos precisam ter seus orçamentos pessoais minimamente controlados para poder conversar sobre os resultados pelo menos uma vez por mês.
Acredite: falar abertamente sobre dinheiro ajudará vocês a trabalharem juntos e evitar (muitos) conflitos no futuro.
Erro #2: Não criar um orçamento pessoal
Outro erro financeiro grave, e muito comum que casais cometem, é não criar um orçamento pessoal.
Na verdade, a maioria das pessoas nunca ouviu falar de um orçamento pessoal, e é por isso que a maioria delas tem problemas com dinheiro.
Se ambos casam com essa mentalidade, os conflitos sobre dinheiro acontecerão, é apenas uma questão de tempo!
Um orçamento é uma ferramenta essencial para gerenciar suas finanças.
Sem um orçamento, é fácil gastar mais do que você ganha e acumular dívidas.
Criar um orçamento ajudará você a controlar seus gastos e economizar dinheiro.
Como fazer isso na prática?
Baixe um modelo excelente de Planilha de Orçamento Pessoal nos artigos abaixo, e comece a controlar seu fluxo de caixa (anotar tudo que entra e sai da sua conta):
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Ao começar a controlar seu dinheiro, você vai perceber rapidamente que vai ser fácil estabelecer metas para suas despesas e sua poupança.
Ter domínio da sua grana, vai dar um bom exemplo pro seu cônjuge, e certamente contribuirá para uma melhoria no relacionamento, pois sonhos que dependem de dinheiro parecerão mais viáveis.
Quem não controla, não gerencia, e gerenciar o dinheiro é uma das coisas mais importantes da vida.
Inclua no orçamento todas as suas despesas mensais, como aluguel, contas, alimentação e entretenimento.
Não deixe nada de fora do controle, são nesses “vazamentos” que os problemas aparecem.
Pense bem e garanta que suas metas sejam realistas e viáveis, para não se frustrar.
Erro #3: Esconder problemas financeiros
Nem sempre é fácil ser completamente sincero sobre suas finanças.
Como contar para a pessoa que você ama e que acabou de casar, que você está afogado(a) em dívidas, com R$20.000,00 estourado no cartão de crédito?
Imagina só como seria constrangedor ter essa conversa?
Não adianta fugir: mas tarde ou cedo, esses segredos serão descobertos, e no pior momento possível, como quando você solicitar um financiamento imobiliário, ou um empréstimo para um carro.
Ser honesto desde o início é a melhor opção, e isso inclui revelar todas as suas imperfeições financeiras antes de casar.
Outra armadilha comum é ter um esconderijo secreto.
Pode até haver uma razão legítima para manter uma conta bancária escondida, mas isso geralmente indica que há um problema maior com dinheiro em jogo, então cuidado.
Como fazer isso na prática?
A melhor alternativa para o casal é ter contas separadas, cada um gerenciando seu fluxo de caixa pessoal, e uma conta conjunta, para as despesas da casa e investimentos em comum.
Dessa forma, existe um limite de gastos para cada um, e não afetará as finanças em conjunto.
Embora manter contas separadas seja mais complicado, acredite: é muito melhor do que esconder um segredo que pode eventualmente acabar com o casamento.
Atualmente, é muito aceitável manter as finanças separadas, culturalmente essa prática vem ganhando força.
O importante é que não se deve esconder nada do cônjuge.
Vocês devem trabalhar juntos como uma equipe e descobrir juntos como resolver quaisquer problemas financeiros que possam surgir.
É por isso que é fundamental revisar as suas finanças regularmente e manter uma comunicação aberta e honesta sobre o dinheiro.
Erro #4: Aumentar seu padrão de vida com os aumentos de salário
Aumentar seus gastos com o aumento da sua renda é um vilão invisível que espreita todos nós, especialmente aqueles que estão começando suas carreiras e a vida conjugal.
Esse fenômeno tem nome, e se chama inflação do estilo de vida.
Quando nos formamos na universidade e finalmente conseguimos empregos, é fácil cair na armadilha de pensar que merecemos uma vida melhor.
E assim, gastar cada centavo que ganhamos e ainda contrair dívidas para financiar nossos sonhos de consumo.
No Brasil, é muito comum adquirirmos um carro financiado, para poder curtir nessa fase.
No entanto, é exatamente nesse momento que a inflação do estilo de vida pode causar o maior impacto.
Tome o exemplo de um casal que se casou recentemente, e comprou um apartamento grande, financiado por 30 anos, esperando que seus familiares viessem visitá-los com frequência.
Poucos anos depois, eles perceberam que o apartamento grande significava contas mensais maiores (condomínio, taxas extras etc), impostos sobre a propriedade e manutenção, tudo isso sem a necessidade de um espaço tão grande.
Se tivessem comprado uma casa menor, teriam economizado bastante dinheiro.
O problema com a inflação do estilo de vida é que, uma vez que você se acostuma com ela, é muito difícil voltar atrás.
É por isso que é importante que os casais jovens minimizem essa inflação o máximo possível, vivendo modestamente, economizando e investindo o dinheiro que ganham.
Isso não significa que você deve viver uma vida miserável, mas deve evitar a tentação de gastar mais do que pode pagar.
Como fazer isso na prática?
Acostume-se a viver sempre um padrão de vida menor do que aquele esperado para a sua renda atual.
Isso significa, na prática, ajustar o padrão de vida da família para todos viverem com 80% do seus salários ou rendimentos mensais.
Esses 20% restantes da renda combinada do casal, serão religiosamente investidos em ativos de longo prazo, para que a família possa garantir um futuro financeiro mais abundante.
Erro #5: Não investir para a aposentadoria
Investir para a aposentadoria é um tema que muitos casais jovens ignoram no Brasil.
Parece que a aposentadoria está muito longe nessa fase da vida, e há tantas outras demandas financeiras que precisam de atenção imediata.
Mas, como no caso dos Estados Unidos e em outros países, adiar a poupança para a aposentadoria é um grande erro que pode ter consequências financeiras desastrosas!
Os juros compostos são a chave para acumular riqueza para a aposentadoria, e eles funcionam melhor quando você começa a investir cedo.
Em vez de adiar a poupança, você deve começar a investir o mais cedo possível.
Deixar para depois pode custar caro.
Os investimentos entre os 20 e 30 anos, dão um grande impulso ao seu plano de aposentadoria.
Sabia que se você adiar apenas 5 anos de investimento em seu plano de aposentadoria, você pode acabar com um milhão de reais a menos no final do processo?
Esse é um valor significativo que faria muita diferença na hora da aposentadoria.
Além disso, a aposentadoria é algo que devemos considerar com muito cuidado, especialmente no Brasil.
Com as mudanças recentes nas leis da previdência, pode ser ainda mais difícil garantir uma renda adequada na aposentadoria, especialmente para aqueles que estão apenas começando a trabalhar.
Por isso, é importante começar a investir cedo!
Se você começar a investir esse mês, e alocar 20% da renda mensal combinada do casal para esses investimentos de longo prazo, seu portfólio de ações e fundos imobiliários crescerá muito nas próximas décadas.
Quanto mais cedo você começar a poupar, mais tempo seu dinheiro terá para crescer.
Se você fizer contribuições regulares e mantiver um plano de investimento disciplinado, é possível atingir rapidamente suas metas financeiras de longo prazo.
Alguns jovens casais optam por adiar a poupança para a aposentadoria em prol de comprar um carro novo, uma casa grande ou outras despesas de curto prazo.
É importante lembrar que essas despesas tem um custo a longo prazo.
E se você gastar todo o seu dinheiro agora, não terá nada para viver mais tarde.
Além disso, as despesas de curto prazo geralmente são depreciação.
Um carro novo, por exemplo, pode perder até 20% do seu valor no primeiro ano.
Como fazer isso na prática?
Em vez de gastar todo o seu dinheiro agora, é importante ter um plano financeiro de longo prazo.
Precisa comprar um carro? Considere um modelo usado ou mais econômico.
Deseja uma casa ou apartamento para viver a dois com mais privacidade e longe dos parentes?
Pense em uma casa menor ou um apartamento mais modesto, nesse início!
Lembre-se: quanto mais cedo você começar a poupar, mais cedo poderá aproveitar os juros compostos a seu favor.
Independentemente do tipo de investimento que você escolher, é importante começar a investir cedo e criar o hábito.
Quanto mais tempo seu dinheiro tiver para crescer, maiores serão seus retornos no longo prazo.
Para ilustrar isso, vamos dar um exemplo.
Suponha que você comece a investir R$500 por mês em uma carteira de ações e fundos imobiliários aos 25 anos.
Se você ganhar um retorno anual de 12% (aproximadamente 1% ao mês), terá acumulado cerca de R$ 2.364.682,99 aos 65 anos.
Agora, se você esperar até os 35 anos para começar a contribuir com essa mesma quantia, terá apenas R$ 999.118,00 aos 65 anos.
A diferença é enorme!
Portanto, mesmo que pareça impossível economizar para a aposentadoria agora, é importante começar o quanto antes.
Se você está lutando para encontrar dinheiro extra no final do mês, comece com pequenas quantias e aumente gradualmente.
Você também pode considerar cortar despesas desnecessárias e aumentar sua renda por meio de um trabalho paralelo ou de uma promoção.
Conclusão
O que é mais importante em um relacionamento: amor ou dinheiro?
Bem, para muitos casais, essa é uma questão que pode acabar causando muita tensão e, em alguns casos, levar ao fim do relacionamento.
Há muitas outras demandas financeiras no casal que precisam de atenção, e a aposentadoria pode parecer algo muito distante.
Dessa forma, muitas pessoas nessa situação adiam a poupança para a aposentadoria até os 40 e 50 anos, mas isso é um grande erro.
É crucial começar a investir o quanto antes, pois os juros compostos funcionam melhor quando você começa cedo.
Mas voltando ao amor e dinheiro, se você e seu parceiro têm valores monetários diferentes, pode ser um grande desafio construir uma vida financeiramente segura juntos.
No entanto, saiba que é possível superar essas diferenças com diálogo.
A chave para ter um relacionamento financeiramente saudável é trabalhar em equipe.
Não se trata de quem ganha mais ou menos, mas sim de como vocês gerenciam suas finanças juntos.
Sentem e conversem sobre suas metas financeiras a longo prazo, pensem em um plano para economizar e invistam juntos em projetos que possam ajudar a construir um futuro seguro.
E se você cometer alguns erros no início, não desista.
Todos nós cometemos erros quando éramos jovens, afinal.
Aprenda com eles, adapte-se e siga em frente!